
O risco de eletrocussão das aves está tipicamente associado à utilização das linhas elétricas como pouso. O contacto entre dois condutores, ou entre o condutor e um elemento ligado à terra, permitem a circulação de corrente elétrica pelo corpo da ave causando a eletrocussão. Este risco é especialmente elevado durante os primeiros voos de indivíduos jovens, mas está também relacionado com as características morfológicas e ecológicas das espécies. Estima-se que durante o inverno, o perigo de mortalidade por electrocussão seja mais elevado devido à migração de inúmeras espécies, algumas das quais ameaçadas.
Para a Águia-Imperial-Ibérica, o risco de eletrocussão é considerado um dos principais fatores de mortalidade não natural. Só entre 2003 e 2020 registaram-se 13 incidentes com linhas elétricas, o que demonstra o impacto desta ameaça especialmente considerando a reduzida população que se encontra em Portugal.
Também as espécies de abutres são vulneráveis à eletrocussão. Em Portugal, apesar da população reprodutora ser reduzida, a mortalidade de Abutre-preto foi registada em 7 incidentes com linhas elétricas. No caso do Abutre-do-Egito, a interação com linhas elétricas é a principal causa de mortalidade de origem antropogénica, durante a migração.
Colisão das Aves
A interação das aves com linhas elétricas pode também resultar em mortalidade por colisão
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